O diretor é Brian De Palma, um realizador norte-americano que, em seus trabalhos, sempre gostou de expor questões como a desordem psíquica, suspense e crimes. Fazendo isso, admitia a forte influência que recebeu de um verdadeiro gênio da Sétima Arte, que foi Alfred Hitchcock. E esse seu trabalho recebeu um elogio especialíssimo de outro diretor consagrado, que é Quentin Tarantino, ganhador de dois Oscar: ele disse que Pecados de Guerra foi o melhor de todos os filmes que foram feitos sobre a Guerra do Vietnã.

Essa opinião, mais do que qualificada, talvez tenha sido emitida porque, nessa obra, o conflito serve apenas como pano de fundo para evidenciar que a violência pode ser inerente à natureza humana, sendo uma guerra apenas um dos seus pretextos possíveis. Pecados de Guerra é a narrativa do rapto, tortura e morte de uma jovem vietnamita por cinco soldados dos EUA. Apenas um entre eles tenta, sem obter sucesso, impedir que o grupo cometa esses crimes. Ou seja, esse impasse e embate, que é ético e moral, leva e eleva o filme a algo muito além de uma sucessão de cenas de ação.

Doloroso é saber que a produção se baseou em uma história real. Assim como impressionantes são as atuações de Michael Fox e Sean Penn, em papéis centrais. Além disso, o filme conta com música do italiano Ennio Morricone, que é considerado por muitos uma reencarnação de Mozart, tal o seu talento. Está disponível no Google Play, na Apple TV (iTunes) e no YouTube, inclusive com versão dublada. Vale a pena assistir e talvez aproveitar a oportunidade para pensar que não há justificativa racional alguma para qualquer guerra. E que outras violências são igualmente inaceitáveis.

Se você já viu esse, deixo outras recomendações ligadas ao mesmo e doloroso tema. E todas elas têm uma coisa em comum com Pecados de Guerra: também baseadas em fatos verdadeiros. Posso começar com Dunkirk, que é inspirado em eventos daquela que se chamou Operação Dínamo, ocorrida durante a Segunda Guerra Mundial. Naquela ocasião, milhares de soldados aliados tiveram que ser evacuados através do Canal da Mancha. A direção é de Christopher Nolan, que entrelaça na narrativa três linhas de tempo que são distintas. Ele mostra em separado os eventos em terra, no mar e no ar.

Outra sugestão é A Queda – As últimas horas de Hitler, de Oliver Hirschbiegel, que se baseia em documentos históricos e ainda nas memórias da última secretária pessoal de Adolf Hitler, Traudl Junge. O ator Bruno Ganz está perfeito no papel do nazista, dando várias faces à interpretação e valorizando o lado estratégico e humano da sua personalidade complexa e controversa. Fecho com Vá e Veja, do cineasta russo Elem Klimov. Esse filme consegue oferecer ao espectador um mix completo, em termos de sentimentos possíveis numa guerra. Tem tristeza e dor, desespero e ódio. Ele é mais do que inquietante, chegando a ser cruel em alguns momentos, sem deixar de ter um toque poético. Adolescente, o protagonista nos leva a situações-limite, com tudo o que representa uma fase da vida que é roubada.

15.04.2022

Sean Penn e Michael Fox

O bônus de hoje é A Canção do Senhor da Guerra, da Legião Urbana.

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