SOBRE RÚSSIA E UCRÂNIA

O avanço de tropas russas sobre o território ucraniano, iniciado na quarta-feira, 24 de fevereiro, pode estar colocando o mundo diante de um conflito armado com consequências difíceis de serem previstas, em toda a sua extensão. Quatro dias se passaram e os combates, ao que tudo indica, seguem ganhando força. As causas disso são múltiplas, apesar de muitos dos noticiários aos quais se tem acesso serem superficiais, talvez de propósito, ao apresentá-las. Putin nunca foi flor que se cheire, mas a Ucrânia está longe de ser uma pobre donzela atacada por um vilão inescrupuloso. Contudo, como teria dito Ésquilo, um dramaturgo da Grécia antiga, “na guerra a primeira vítima é a verdade”. Tentando ser justo, a citação é atribuída a ele, sem que isso tenha sido comprovado até hoje.

A cobertura que desinforma consegue muitas vezes colocar aspectos históricos, econômicos e diplomáticos em doses corretas, mas não os contextualiza. Desconhece que a geopolítica é essencial nisso tudo e as decisões nesse jogo de xadrez na grande maioria dos casos é tomada por quem está distante do tabuleiro. O conflito inclusive armado entre os dois países, no entanto, não começou essa semana. São oito anos de escaramuças, que iniciaram em 2014 quando a Rússia anexou a Criméia, península e república autônoma da Ucrânia, apoiando um grupo de separatistas pró Kremlin lá existente. Mas o que esses crimeanos descontentes desejavam? Queriam manter os laços históricos que sempre existiram com os russos, não concordando com a cooptação pró ocidente que estava ocorrendo, via redes sociais e pelo engajamento de elites que viam chance de grandes lucros com a mudança.

Naquela ocasião o presidente Viktor Fedorovytch Yanukovytch, que fora democraticamente eleito, foi deposto depois de 93 dias seguidos de “manifestações populares” que foram insufladas pelo serviço secreto norte-americano. Acontece que ele era pró Rússia, como a imensa maioria da população da Ucrânia, e desconheceu todas as tentativas e apelos do Ocidente para que virasse as costas para as origens ucranianas e aceitasse ser o país incluído entre os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Foi substituído por Oleksandr Turchynov, num mandato tampão de 115 dias, vindo depois Petro Poroshenko, num período de turbulência crescente. Então, surgido do nada, o novato Volodymyr Zelensky, um ator e humorista que interpretava o papel de presidente ucraniano na comédia televisiva Servo do Povo, fundou um partido político com esse mesmo nome, em 2018, recebeu apoio decisivo logístico e financeiro do Ocidente, e venceu as eleições presidenciais no ano seguinte. Agora, finalmente estava no poder alguém “sensível” aos apelos de inclusão da Ucrânia na OTAN.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte foi criada logo após o término da Segunda Guerra Mundial, tendo sua sede em Bruxelas, na Bélgica. Em tese, seria uma estrutura de defesa mútua para os países ocidentais, evitando no futuro quaisquer riscos de agressão externa. Sua contrapartida era o Pacto de Varsóvia, que reunia os países do leste europeu. Esse segundo, no entanto, foi dissolvido com o fim da antiga União Soviética, em 1991. A OTAN permaneceu, mesmo que o suposto inimigo não existisse mais. Pior: com o surgimento de vários pequenos países no entorno da Rússia, ela passou a se expandir, mesmo existindo promessa anterior de que isso nunca ocorreria. Atualmente, dos 30 países membros que compõem aquela organização, que segue liderada pelos norte-americanos, 14 faziam parte da antiga área de influência da União Soviética ou mesmo a compunham. São eles: Albânia, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Macedônia, Montenegro, Polônia, República Tcheca e Romênia.

Com esse avanço gradual e incessante, os EUA e seus aliados foram cercando as fronteiras russas com bases militares. Nessa hora convém lembrar o que houve na década de 1960, quando os russos tentaram criar uma base militar em Cuba e houve forte reação de Washington. Era apenas uma, mas em posição estratégica inaceitável. Pois hoje são 36 as bases da OTAN muito próximas das fronteiras russas. Seria isso aceitável, apenas porque antes quem corria riscos era o “mocinho” e agora que estaria em perigo é o “bandido”?

A Ucrânia é o maior país em tamanho, nas proximidades de Moscou. Na realidade é o segundo em área territorial de toda a Europa, perdendo apenas para a própria Rússia. Concentra a passagem de quase todos os dutos que levam gás russo, que é importante para vários países europeus e essencial para a Alemanha – o que incomoda muito os EUA. Tem, portanto, além de uma posição privilegiada, potencial econômico enorme. Os dois lados dessa “batalha ideológica” que parece estar reeditando a Guerra Fria, têm interesse na Ucrânia: um possui com ela uma relação histórica e a considera fundamental para a própria defesa, o outro a deseja justamente pela sua importância geopolítica, para “controlar” o poder russo. É muito difícil encontrar na Rússia alguém que não tenha ao menos um parente ucraniano. Do mesmo modo, na Ucrânia quase todas as pessoas têm algum parente russo. Em todo o oeste da Ucrânia a população fala fluentemente o idioma russo. E mesmo do lado leste, com sua língua própria, há entendimento fácil pela semelhança. A capital ucraniana Kiev já foi capital da própria Rússia, antes de Moscou. Inúmeras personalidades históricas russas estão lá sepultadas. Esse é um conflito fratricida, que foi estimulado por quem não mora em nenhum dos dois lados da fronteira.

Depois da crise da Criméia, algo semelhante começou a acontecer em Donetsk e Luhansk, que juntas formam uma região conhecida como Donbass, na fronteira entre os dois países. Separatistas teriam sido perseguidos e mortos por ações pontuais do exército ucraniano, dizem algumas fontes. O que é refutado por outras. Mas a área deixou de ser na prática controlada pelo poder central, ficando na mão de comandos pró Rússia. Tanto que a invasão de agora começou naquela fatia do território, sem que houvesse qualquer reação contra tanques e soldados que passavam rumo ao centro do país.

O que de fato acontece é que Vladimir Putin é um líder autoritário e perigoso, cuja ambição real nunca ficou clara. Foi espião na antiga Alemanha Oriental, trabalhava na KGB, organismo semelhante à também inconfiável CIA, e tem amizade com uma oligarquia que domina o país atualmente, apesar das dificuldades crescentes pela qual passa o seu povo. É um homem de quem se pode esperar qualquer tipo de loucura inconsequente. Até por possuir um enorme arsenal nuclear à disposição. Por outro lado, a indignação dos EUA é falsa como uma nota de três. Sua ambição imperialista sempre foi notória. E o discurso que mantêm agora, através de uma poderosa rede de comunicação, de que nunca antes se teria vivido um absurdo como o atual, omite que eles próprios invadiram ou pelo menos bombardearam, inúmeros países desde o fim da Segunda Guerra, alguns deles mais do que uma vez.

São exemplos Indonésia, Laos, Camboja, Vietnã, Irã, Iraque, Líbano, Afeganistão e até mesmo a poderosíssima Granada, uma nação insular da América Central que tem pouco mais de 97 mil habitantes e existe oficialmente apenas desde 1974. Havia, segundo os invasores, um sério risco com a eleição de um governo marxista no local. Vai que os granadinos resolvessem atacar o “Grande Irmão do Norte”? Eles também influenciaram eleições, derrubaram governos eleitos – o Brasil está nessa lista – e providenciaram o assassinato de líderes estrangeiros em várias outras nações. Desse último item parece que Putin também é adepto, a julgar pelo número de opositores seus que morreram de forma surpreendente e inesperada, nos últimos tempos, a maioria envenenada.

Essa queda de braço insana atinge, como sempre acontece, a população civil que, se consultada, iria dizer NÃO à guerra. Tanto do lado russo quanto do lado ucraniano, com certeza. Já são milhares de refugiados e as consequências humanitárias vão piorar a cada dia. No médio e longo prazo, a economia mundial será afetada, com possível aumento no preço do petróleo e outros desequilíbrios comerciais gerando mais miséria e desigualdade social. O que só será pior se a guerra vier a envolver outros países, espalhando mais destruição e morte. Como se o nosso planeta já não tivesse problemas suficientes.

28.02.2022

Cidades ucranianas têm sofrido intenso bombardeio

O bônus musical de hoje é a música Solitude, de Djavan.

PARA VOCÊ LER

Hoje trago mais duas sugestões distintas de leitura. O primeiro livro é um clássico da literatura conhecido e reconhecido em todo o mundo. O segundo é uma grande oportunidade para que se entenda o que está acontecendo com a política no Brasil, nos EUA e na Rússia, onde a extrema direita ganhou força nos últimos anos. Como sempre, basta clicar sobre qualquer uma das imagens acima para ser redirecionado. Se um ou ambos os itens forem adquiridos usando esses links para acesso, o blog será comissionado.

  1. GUERRA E PAZLiev Tolstói

Segundo o próprio autor, esse não é um romance, muito menos uma epopeia, menos ainda uma crônica histórica. Ao acompanhar o percurso de cinco famílias aristocráticas russas no período de 1805 a 1820, Tolstói narra a marcha das tropas napoleônicas e seu impacto brutal sobre a vida de centenas de personagens.

Em meio a cenas de batalha, bailes da alta sociedade e intrigas veladas, destacam-se as figuras memoráveis dos irmãos Nikolai e Natacha Rostóv, do príncipe Andrei Bolkónski e de Pierre Bezúkhov, filho ilegítimo de um conde, cuja busca espiritual serve como espécie de fio condutor e o torna uma das mais complexas personalidades da literatura do século XIX. Ao descrever o cotidiano e os grandes acontecimentos que se sucederam à invasão de Napoleão em 1812, Tolstói retrata uma Rússia magistral, imponente e, sobretudo, profundamente humana.

2. GUERRA PELA ETERNIDADE: o retorno do Tradicionalismo e a ascensão da Direita PopulistaBenjamin Teitelbaum

Para Benjamin R. Teitelbaum, os governos dos Estados Unidos, do Brasil e da Rússia são influenciados por três intelectuais com forte ação nas instituições governamentais: Steve Bannon, Olavo de Carvalho e Aleksandr Dugin. Com atuações diferentes, os três contam com discípulos nos quadros do governo e têm em comum uma obscura doutrina intelectual, o Tradicionalismo. Seus preceitos fazem críticas à modernidade, que seria responsável pelo declínio da espiritualidade e da influência religiosa nas instituições, tornando necessária uma verdadeira “batalha espiritual” para pôr fim a valores que remontam ao Iluminismo.

Elaborado a partir de entrevistas, o livro traça um contexto histórico detalhado e aborda aspectos de enorme interesse para o público brasileiro, como a atuação do governo Bolsonaro nas relações internacionais e suas consequências nos laços comerciais do Brasil com importantes parceiros, como a China. Uma leitura obrigatória para qualquer pessoa que queira entender a visão da extrema direita e sua atuação no mundo.

MINHA HISTÓRIA COM O CINEMA

Na minha pequena cidade natal, Bom Jesus, a primeira tentativa de projetar um filme ocorreu em uma velha casa de madeira, localizada na esquina das atuais ruas Borges de Medeiros e Júlio de Castilhos. Isso foi em 1911, quando a localidade era ainda uma vila. Aparelho de projeção e filme – não há registros de qual tenha sido – foram trazidos pela firma Oliveira e Luz. Na vizinha Vacaria, nos anos 1920, começou a funcionar o Cine Teatro Lyra, de Carlos Haroldo Schereschewsky. Os filmes mudos eram acompanhados por um grupo musical contratado, que tocava durante as apresentações. Na mesma época, outra vez em Bom Jesus, a Intendência Municipal cobrou 335 mil réis para permitir o funcionamento permanente de um cinema local, de propriedade de Horácio Camargo. A aparelhagem era manual porque ainda não havia energia elétrica por lá. Mas algumas vezes um motor de automóvel era usado para que ela funcionasse. O problema era o ruído excessivo, que prejudicava o acompanhamento musical. A iluminação era feita com carbureto.

Em abril de 1928 o cinema bonjesuense passa a ser propriedade de José Pereira Dutra e Osvaldo Vieira de Camargo. Os novos donos promovem melhorias e passam a oferecer sessões regulares todos os sábados e domingos. No mesmo ano, em setembro, ele é assumido pela empresa Dutra – De Boni & Cia, que coloca poltronas confortáveis e o batiza com o nome de Central. Nos anos seguintes aconteceram novas mudanças de local e de nome: chamou-se Gaúcho e depois Guarani. E Francisco Spinelli passou a ser um dos donos.

Depois de ficar outra vez sem uma sala de cinema, por vários anos, os padres capuchinhos passaram a utilizar um projetor de 16mm e projetar filmes no Salão Paroquial, em 1960. Dois anos mais tarde, a mesma estrutura foi base para a instalação do Cine Glória, com mais conforto. Seu nome posterior foi Realengo, rebatizado depois de alterações na estrutura. Então, Alberto José Boschi e alguns sócios, abriram o Cinema Saionara. Esse eu conheci ainda criança e foi lá que passei muitas das minhas tardes de domingos, em sessões duplas. Meu pai dava dinheiro suficiente para que eu e minha irmã Maria Helena pudéssemos comprar, além dos dois ingressos, generosas quantidades de balas e de pipocas. Ali conheci heróis que se moviam, que iam além das figuras estáticas dos gibis. Se por um lado isso puxava menos pela imaginação, por já vir pronta a ação, por outro nos permitia viver mais intensamente a história.

Quando fui morar em Caxias do Sul, no final dos anos 1960, o hábito de ir ao cinema já tinha sido adquirido. Então, me revezava em sessões no Cine Guarani, Cinema Central, Cine Imperial e Cine Teatro Ópera. Eram quatro as possibilidades e, pela primeira vez, era possível escolher o que ver na programação oferecida. Uma maravilha! Também na mesma época eu comecei a colecionar gibis, sendo que antes das matinês era comum que a gurizada levasse exemplares para trocar. A calçada ficava cheia e sempre se conseguia trazer ao menos um para ler em casa, depois das sessões. Isso me ajudava um pouco, porque era um período de “vacas magras” e pagar o ingresso já era um sacrifício para a família, imagina então estar comprando as revistinhas.

A partir de 1972, morador de Porto Alegre, foi ampliada ainda mais a possibilidade de escolha: Astor, Cacique, Marrocos, Presidente, Scala, Lido, Baltimore… Na Capital o cinema começara na virada do Século XIX para o Século XX. Quatro meses depois da novidade chegar ao nosso país, ocorreu em novembro de 1896, na Rua da Praia – cujo nome depois foi alterado inexplicavelmente para Rua dos Andradas – uma exibição de “photographias animadas”, como se chamavam os filmes na época. Alice Dubina Trusz, em seu livro Entre Lanternas Mágicas e Cinematógrafos, refere também que a primeira sala permanente para projeções foi o Recreio Ideal, inaugurado em maio de 1908. Houve até uma pré-estreia para a imprensa, abrindo para o público apenas no dia seguinte. E eram dois os preços dos ingressos, conforme a escolha das acomodações de primeira ou segunda classe. Os espetáculos eram sempre noturnos, entre 18h30 e 23 horas.

Hoje sou colecionador de DVDs e discos Blu ray, tenho TV por assinatura e serviços de streaming à disposição. Mas continuo acreditando que não há nada melhor do que ver as projeções nas telas grandes. Agora existe o ar condicionado e um grande nível de segurança. E o ambiente que a sala oferece imprime outro nível de percepção ao filme. O som especial, o ambiente escuro, a atenção maior e sem distrações. Exceto quando senta ao lado alguém que faz barulho sugando as últimas gotas do copo de refrigerante. Isso me parece pior do que o bater dos pés da gurizada, na época das matinês, nos momentos decisivos, quando finalmente os mocinhos iriam sair vitoriosos, fosse quem fosse o inimigo.

26.02.2022

O bônus de hoje é a música Love Theme (Tema de Amor), integrante da trilha sonora do filme Blade Runner, de Ridley Scott, que é um dos meus preferidos. A história é baseada no romance de Philip Dick, Os Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas?. A trilha original foi toda composta e produzida por Vangelis.

Hoje trago duas sugestões distintas de leitura. O primeiro livro explica o que vem a ser esta “sétima arte”, tão amada em todo o mundo, explicando também suas relações com algumas outras. O segundo conta como ela se desenvolveu, com enfoques também no geográfico e no cultural. Como sempre, basta clicar sobre qualquer uma das imagens acima para ser redirecionado. Se um ou ambos os itens forem adquiridos usando esses links para acesso, o blog será comissionado.

  1. O QUE É CINEMA? – André Bazin – 448 páginas

Clássico dos clássicos entre os escritos sobre cinema, este livro é uma aula sobre a sétima arte e suas relações com fotografia, teatro e literatura, e, sobretudo, uma escola definitiva sobre o fazer crítico. A variedade de temas caros à história do cinema neste volume indica a versatilidade e a generosidade de André Bazin. Com um estilo claro e acessível, ele transita das escolas italiana e soviética ao universo do western e das pin-ups, o que fez com que, merecidamente, tenha se transformado num dos maiores críticos modernos.

Considerado um dos maiores críticos do pós-guerra, Bazin produziu a maior parte dos textos reunidos aqui no contexto dos cineclubes parisienses, entre 1945 e 1958. Fundador da revista francesa Cahiers du Cinéma, o crítico esteve na linha de frente da produção cinematográfica do período, convivendo com cineastas como os jovens Jean-Luc Godard, Eric Rohmer e François Truffaut, seu filho adotivo. Mais tarde, os cineastas dessa geração tomariam Bazin como mentor da nouvelle vague.

A presente edição reúne 36 textos de André Bazin, bem como uma apresentação e um apêndice assinado pelo crítico e professor de cinema Ismail Xavier, que dá conta da influência bazaniana na teoria e crítica de cinema em nosso país, em especial, personificada na figura de Paulo Emílio Sales Gomes.

2. HISTÓRIA DO CINEMA MUNDIAL – Franthiesco Bellerini – 320 páginas

Fruto de três anos de profundas pesquisas, História do cinema mundial traz um viés inédito para o estudo do tema: o enfoque geográfico e cultural da sétima arte. Na primeira parte do livro, Franthiesco Ballerini explica como se formaram as principais indústrias cinematográficas do mundo, como Hollywood e Bollywood. Em seguida, passeia pelos movimentos cinematográficos mais emblemáticos do planeta – como o Neorrealismo italiano e a Nouvelle Vague francesa. Na terceira parte, o autor faz uma análise do melhor cinema feito em cada continente, especificando aspectos culturais, estéticos e de linguagem.

Utilizando o didatismo que lhe é característico, Ballerini se dirige a estudantes de artes e comunicação, profissionais do cinema e do audiovisual, professores, artistas e público em geral. Na obra, o leitor também encontrará: pequenas sinopses dos filmes mais importantes; curiosidades sobre os bastidores da indústria cinematográfica; listas com os filmes essenciais; lindas fotografias que ajudam a contar a história de cada capítulo; índice onomástico composto por todas as películas citadas e por diretores, atores e produtores.