Hoje estou me permitindo algo diferente e até mesmo um tanto esquisito, que é repostar a mim mesmo. Ao menos parcialmente. O fato é que vou reproduzir abaixo quase que na íntegra – com raríssimas alterações no texto original – algo que escrevi em junho de 2022. Naquela ocasião o virtualidades.blog atingia 100 mil acessos e achei justo informar o fato, como forma também de agradecimento para os leitores que me haviam propiciado aquilo. Pois poucos minutos atrás esta marca foi dobrada: agora são 200 mil os acessos. Claro que dependendo do ângulo que esse número venha a ser olhado, pode parecer algo de fato expressivo ou muito pequeno. Para tantos “influencers” que temos no mundo virtual, isso é quase nada. Para quem escreve pelo prazer de escrever, sem ter um nicho e sem pagar alavancagem nenhuma de audiência, num país de pouco hábito de leitura, é algo significativo. Ainda mais se considerarmos que o blog surgiu apenas como uma válvula de escape para a ansiedade crescente trazida pelo isolamento compulsório daquela época na qual se enfrentava uma pandemia. Então, de agora em diante – precisamente do próximo parágrafo até o final –, está posto outra vez meu texto anterior, com a repetição do meu muito obrigado.

“Eu já havia pensado nessa possibilidade antes, a de me tornar um blogueiro, mas as circunstâncias me tiraram da posição cômoda para a necessidade de agir. Assim, apesar da ideia prévia de que precisaria de algum profissional que me auxiliasse com a arquitetura da página, talvez com custo proibitivo, terminei por tentar – e consegui – resolver isso sozinho, depois de ver alguns tutoriais na internet. Então, bastou fazer a minha inscrição no WordPress, pagar as anuidades e me atirar nesse mundo que de fato é estranho, mesmo que a gente vá se acostumando com ele.

Hoje escrevo para pessoas que conheço e para outras de quem sequer ouvi falar antes, que chegam ao blog por caminhos muitas vezes insondáveis. São recomendações, procura em sites de busca e mesmo leitores de outros blogs que compartilham parte do que se produz e é do agrado deles. Isso porque blogueiros vão aos poucos formando comunidades ou pelo menos alguma cumplicidade. A gente aprende a reconhecer e valorizar o esforço dos demais, através da vivência das nossas próprias dificuldades. Enfim, tudo isso vai ampliando o alcance. Atualmente tenho leitores fiéis, até mesmo fora do Brasil.

Outra coisa que considero importante é a disciplina, a garantia da manutenção de uma periodicidade que tenta ser exata. Publico em geral a cada dois dias. Faço isso quase que religiosamente, com raríssimas exceções, até porque acredito que falhando se fica mais propenso a repetir a ausência, até que ache natural o fracasso do projeto. Algo assim como frequentar uma academia: se uma vez você falha e não faz os exercícios, se ausenta uma segunda e torna mais fácil arranjar outras desculpas para seguir faltando.

Para propagar o que faço, uso apenas meus contatos no WhatsApp e, agora mais recentemente, voltei a fazer o mesmo no Facebook. Mas esse segundo com muito menor ênfase e esperança de resultado real. Isso é algo quase amador, como de algum modo o próprio blog também é, mesmo eu sendo profissional da escrita, com formação em Jornalismo e mestrado em Letras. Entretanto, asseguro que tudo é feito por e com prazer, jamais sendo visto como obrigação. E muito menos, até agora, como uma fonte de renda que atinja alguma relevância para o meu sustento – quem me dera se cada um desses 200 mil acessos me tivesse rendido o envio de um único Real. Isso apesar de ter passado a incluir solicitação de apoio e estar tendo algum resultado financeiro positivo. O que obviamente também me agrada muito.

Escrever é algo solitário. Resulta de um momento de recolhimento, que é paradoxal porque a gente se volta para dentro, com a consequência resultante disso sendo exposta, levada para fora. E inspiração, apesar de muita gente achar que é algo inato em quem consegue escrever, uma coisa mágica, nada mais é do que a observação cotidiana e cuidadosa do que acontece ao nosso redor. Ou a busca do que já aconteceu e está no fundo da nossa memória, um arquivo muito vivo precisando apenas ser aberto com carinho e absoluto respeito. Afinal, somos apenas o que a nossa história registra.

Quem tem me prestigiado com a leitura sabe que tudo pode ser assunto aqui. Não imponho limite aos temas, que passeiam desde uma simples notícia de jornal, uma música ou livro, um acontecimento político ou esportivo, fatos corriqueiros, hábitos e costumes, alguma série de TV ou filme, lembranças da infância e adolescência, até alguma pessoa que eu admire. Ou deteste – também tenho essa característica tão humana e desagradável. Mas procuro ser justo nas críticas negativas tanto quanto nos elogios e em análises que se pretenda isentas. Entretanto, tenho lado e não o escondo. Assumo minhas posturas e admito meus erros. Enfim, o texto de hoje foge um pouco à regra. Se justifica pelo patamar que todos os anteriores juntos conseguiram atingir. E pela necessidade, já registrada na abertura, de agradecer a quem tem me acompanhado até aqui.”

29.06.2024

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29.06.2024

O bônus de hoje é duplo e começa com Pela Internet, de Gilberto Gil com o próprio. Depois é a vez de Resposta ao Tempo, de Cristóvão Bastos e Aldir Blanc, aqui com Marco Pereira ao violão e voz de Anna Setton.

6 Comentários

  1. Opa. Bons artigos teus. E vira e mexe tô reblogando um aqui. Somos blogueiros. Resistimos a turba que vira influencer de redes sociais que não lhes pertencem. O blog é teu, é meu. E de quem segue sendo blogueiro. Influencer pra gente é só contingência. E o meu aqui nem monetizado pelo Google é. E nem será.

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