O MISTÉRIO DAS MÁSCARAS DE CHUMBO
O fato se deu em 20 de agosto de 1966. Dois homens foram encontrados mortos no Morro do Vintém, próximo de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro. Depois identificados como sendo Miguel José Viana e Manoel Pereira da Cruz, ambos eram reparadores eletrônicos. Usavam ternos formais, cobertos por casacos impermeáveis e tinham nos rostos máscaras feitas de chumbo. Estavam deitados um ao lado do outro, de costas. Não havia marca alguma de violência e os dois mantinham suas expressões absolutamente serenas.
Junto aos corpos estavam duas toalhas secas, uma garrafa de água vazia e um caderno pequeno com anotações. Neste estava escrito uma espécie de roteiro a ser cumprido: “16h30 estar no local. 18h30 ingerir as cápsulas. Após efeito, proteger metais e aguardar pelo sinal da máscara”. Médicos legistas não encontraram sinal algum de substâncias tóxicas nos seus organismos. Também não existiam ferimentos provocados por armas de fogo ou brancas, sinais de estrangulamento ou quaisquer outros que lhes permitissem apontar a causa das mortes.
Com as investigações se arrastando – e vejam que na época o chefe de polícia nem era o delegado Rivaldo Barbosa –, o caso acabou ficando sem solução. E passaram a surgir estranhas especulações. A mais repetida era a que afirmava terem sido eles vítimas de uma ação de extraterrestres. Isso porque uma moradora das proximidades, de nome Gracinda Barbosa Cortino de Souza, contou que ela e seus filhos haviam visto um objeto voador pairando sobre as proximidades onde os corpos foram encontrados, em momento próximo ao estimado pelos peritos para as mortes. Outras supostas testemunhas confirmaram o depoimento da mulher, mas isso nunca foi levado muito a sério.
Os corpos foram localizados por Jorge da Costa Alves, um jovem de 18 anos que estaria empinando uma pandorga no morro. Foi ele que tratou de avisar a polícia. Esta, sem qualquer pista consistente nos corpos e no local, tratou de reconstituir os últimos passos de Miguel e de Manoel. Foi comprovado que ambos, no dia 17 de agosto, saíram de suas casas e informaram para as esposas que iriam até São Paulo, adquirir materiais para o seu trabalho. Mas, ao invés disso, partiram de Campos dos Goytacazes, onde moravam, e foram de ônibus até Niterói. Nesta cidade compraram as tais capas em uma loja e a garrafa de água em um bar. Neste último, o proprietário teria notado um certo nervosismo de Miguel, que checava o seu relógio com frequência. Depois, teriam eles seguido para o morro onde foram encontrados mortos três dias depois.
A última tentativa de descobrir a causa mortis foi escanear os corpos por completo, na busca de encontrar algum sinal de material radioativo. Esta decisão se deveu às máscaras, que eram semelhantes a outras que, na época, eram equipamento de proteção contra essa espécie de risco, vindo da manipulação de substâncias radioativas. Não constataram nada. Isso foi a gota d’água para o encerramento do caso. E o início de mais um de tantos mistérios policiais e forenses, que permanecem inexplicáveis até os dias de hoje.
21.04.2024
Você gosta de política, cotidiano, esporte, cultura, tecnologia, comportamento e outros temas importantes do momento? Se identifica com os meus textos? Se você acha que há conteúdo inspirador naquilo que escrevo, considere apoiar o que eu faço. Contribua por meio do PIX virtualidades.blog@gmail.com ou fazendo uso do formulário abaixo:
FORMULÁRIO PARA DOAÇÕES
Selecione sua opção, com a periodicidade (acima) e algum dos quatro botões de valores (abaixo). Depois, confirme no botão inferior, que assumirá a cor verde.
Faça uma doação mensal
Faça uma doação anual
Escolha um valor
Ou insira uma quantia personalizada
Agradecemos sua contribuição.
Agradecemos sua contribuição.
Agradecemos sua contribuição.
Faça uma doaçãoDoar mensalmenteDoar anualmente21.04.2024
O bônus de hoje é o áudio da música que foi tema da série televisiva Arquivo X. Ela marcou época, em termos de mistério e suspense com temática alienígena e paranormal.