O MISTÉRIO DOS ANUNNAKIS
Todos nós nos deparamos, em algum momento de nossas vidas, com aquele questionamento sobre quem de fato somos, de onde viemos e para onde iremos depois dessa existência, se formos mesmo para algum lugar. Isso vale para indivíduos como também para a humanidade como um todo. A ciência e as religiões têm se debruçado sobre isso ao longo dos séculos, buscando respostas que, no mínimo, aplaquem nossa ânsia por uma segurança psicológica, por identidade e significância. A hipótese da finitude é assustadora, sendo difícil de aceitar.
Essa angústia existencial, que é humana e individual, também assola a coletividade. Então, vamos lá, com algumas das perguntas básicas e repetidas: Como de fato teria a humanidade surgido sobre a Terra? Qual a razão da nossa existência? Estamos sós no Universo? Como são mais antigas do que o conhecimento científico, as correntes míticas foram também as primeiras a percorrer essa estrada, buscando explicações. O que não significa elas estarem mais perto das respostas. Mas há também quem navegue por um espaço existente entre estes “dois mundos”, com o entendimento básico de que alinhar ciências como a antropologia e a filosofia, com uma pitada – ou bem mais do que isso – de alusões a aspectos da história, seja a alternativa mais correta.
Zecharia Sitchin (1920-2010) foi um autor de livros de não-ficção. Ele era um homem culto, que nasceu em Baku, no Azerbaijão, tendo depois crescido na Palestina. Ao longo da vida adquiriu um conhecimento de fato profundo em inúmeros campos. Dominava línguas como o hebraico, tanto o antigo quanto o moderno, além de outras semíticas e europeias. Estudou a fundo arqueologia, tendo sido graduado pela Universidade de Londres, onde também obteve o diploma em História. Além disso, era jornalista e economista. Entre as suas obras, merece destaque um tema resultante de muitos anos de pesquisa, nas quais se incluem a tradução de escritos sumérios, além de alguns trabalhos relacionados com a pré-história das Américas. Assim, realiza uma espécie de revisão da gênese humana. E se arrisca com uma teoria de que antepassados nossos vieram de longe. De muito longe mesmo.
Sitchin defendia a tese de que a origem da humanidade se deu com a presença de seres extraterrestres que teriam visitado nosso planeta no passado longínquo. Sua convicção veio da sistematização feita, ao longo de décadas, de inúmeras pesquisas, cartas, crônicas e artigos. Ele teve também o trabalho de examinar desenhos, símbolos, sinais e escritos deixados como registro por povos antigos. E fez isso com paixão digna dos mais fervorosos crentes. Esses visitantes do espaço seriam os Anunnaki – a pronúncia é anunáqui –, que teriam tido especial influência sobre a civilização suméria, mas não apenas sobre ela.
Além dos vários livros por ele escrito (*), no sentido de desvendar o grande mistério dos Anunnaki – o termo significa “aqueles que vieram do céu –, ainda uma coletânea com todo esse trabalho foi lançada anos atrás, trazendo uma introdução escrita por uma sobrinha sua. Ela é importante porque, antes de nos fazer mergulhar nas suas descobertas, nos permite conhecer mais a fundo o homem por trás delas. Stichin foi um viajante inquieto e acima de tudo muito observador. Ele era reconhecido pelo seu humor e por uma erudição exemplar. De todo seu coração, ele acreditava em tudo o que escrevia, até porque não era um ficcionista e buscava fundamentar seus relatos com uma documentação ampla, sobre a qual se debruçava antes de escrever. Assim, não se pode ler nada disso sem levar a sério o que está posto no papel.
Sitchin faleceu em Nova Iorque aos 90 anos, em outubro de 2010. Tinha cidadania norte-americana, israelense e russa. Em todos esses países o seu conhecimento foi valorizado. Até porque o que ele trouxe à luz serve também para um entendimento do nosso possível futuro. E, mesmo entre quem não tenha nenhuma preocupação com o que já aconteceu, pensar no amanhã não é algo tão incomum.
17.03.2024
(*) São esses os livros publicados por Zecharia Sitchin: O 12ºPlaneta, A Escada para o Céu, O Livro Perdido de Enki, Guerra de Deuses e Homens, Os Reinos Perdidos, Gênesis Revisitado, O Começo do Tempo, Encontros Divinos, O Código Cósmico, O Fim dos Dias e Havia Gigantes na Terra.
P.S.: Abaixo você encontra o “Algumas Coisas Para Se Pensar” e também o tradicional bônus.

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- É impressionante o quanto nossos brigadianos atiram mal. Vejam que uma operação policial nesta quarta-feira, em São Leopoldo, resultou em apenas um suspeito morto e 18 outros detidos. Fosse isso em São Paulo e a PM teria tido muito maior “sucesso”. Nos últimos dias 42 foram mortos no litoral paulista, sem que sequer um único policial tenha sido ferido, felizmente. O governador bolsonarista daquele Estado, Tarcísio de Freitas, parece ter determinado que seja cumprido à risca o “cancelamento de CPFs”. Convém avisar que há ironia nesse tópico. Vá que alguém considere um desrespeito o elogio indireto que estou dando à Brigada Militar, por cumprir sua função institucional e não agir como grupo de extermínio.
- Uma boa notícia, em época na qual o puritanismo conservador busca proibir livros no Brasil: a tradução em inglês da obra do escritor Itamar Vieira Jr., Torto Arado (Crooked Plow), foi uma das indicadas para a premiação The International Booker Prize. Será em 21 de maio a cerimônia de anúncio do vencedor, com transmissão ao vivo.
- O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, em Curitiba (PR), decidiu pela demissão por justa causa do gerente de uma distribuidora de cosméticos na capital paranaense. A razão foi ele ter dado de presente para suas funcionárias ração de cachorro no Dia Internacional da Mulher, dois anos atrás – adivinhem vocês que época era aquela. As vítimas viram no ato a insinuação de que fossem cadelas, com o tribunal concordando com a sua queixa integralmente. Eu ainda acho que ele deveria ser também preso.
O bônus de hoje é a música Starman, de David Bowie. A gravação foi feita ao vivo no Abbey Road Studios (Londres), pela banda Chip Shop Boys, na comemoração dos seus 20 anos de carreira. Nela há ainda participação de Apollo Strings. A letra tem a ufologia como tema, o que Bowie fez em algumas outras canções suas. Nesta, a letra tem uma mensagem de esperança para os terráqueos, trazida por um alienígena fictício. No Brasil, a banda gaúcha Nenhum de Nós escreveu e gravou uma versão, que teve o nome de O Astronauta de Mármore.