AS DIFICULDADES DO CONTATO

Todos nós provavelmente já ouvimos falar que muitas das estrelas que se vê no céu em noites claras, sequer existem mais. Isso é verdade, uma vez que a sua luz demora muito para chegar até nós e, mesmo quando a fonte luminosa deixa de emitir, aquilo que dela partiu segue seu caminho. Essa é uma noção ao mesmo tempo elementar e difícil de ser aceita. Observar o céu é olhar para o passado. Nada do que está nele é assim agora, considerando-se o nosso momento. Tudo já aconteceu e com certeza se encontra diferente do que vemos. O nosso Sol, que está astronomicamente tão perto, vemos ele como era oito minutos atrás. Se ele apagasse, continuaria existindo para nós por esse tempo, como se nada tivesse acontecido.

Toda imagem é formada por luz. Fotografias são resultado de captações dessa luz. Então, vamos imaginar agora que há uma civilização em estágio suficientemente avançado para estar observando a Terra, sendo que essa espécie de vida habita um planeta que esteja distante uns 60 milhões de anos-luz do nosso. O que é algo razoável, considerando-se a imensidão do espaço. Os seus telescópios estarão vendo os dinossauros e imaginando ser esse o tipo de vida existente aqui.

E se a nossa tecnologia fosse avançada o suficiente para que também os estivéssemos espiando, não se veria aquele povo como é, mas sim como ele foi 60 milhões de anos antes. Vale para essa hipotética observação mútua o mesmo que para as estrelas. Civilizações inteiras podem surgir, evoluir e até mesmo entrar em extinção, entre o contato visual e uma eventual interação física. Por isso, apesar de ser praticamente impossível estarmos sozinhos no Universo, conviver se torna algo quase também inalcançável.

Eu escrevi quase, porque algumas teorias existentes, se vierem a ser confirmadas e aproveitadas na prática, podem servir de “atalhos” entre esses pontos que, para nossa compreensão atual, são absurdamente distantes. Falo das dobras no espaço-tempo e nos universos paralelos. Não haveria outra forma e – podem acreditar – se os tais OVNIs que se fala vez por outra nos visitarem existem, fizeram uso destes portais, destas passagens que para os humanos ainda são secretas.

Hoje em dia a astronomia afirma que a área do universo observável é de algo como 93 bilhões de anos-luz. E cada ano-luz seria o equivalente a 9,4 trilhões de quilômetros. Multiplicando-se esses dois números um pelo outro se tem uma assustadora noção do seu tamanho, que ainda deve ir além disso. Assim, vemos e sabemos um quase nada. Até 2019 a Nasa havia confirmado a existência de uns três mil sistemas planetários, assim como é o nosso. E pouco mais de quatro mil planetas tinham sido por ela localizados.

Outro exemplo assustador de grandeza pode ser dado com uma simples comparação. Vamos imaginar que a Terra está em um ponto A e que em um ponto B esteja o exoplaneta – nome dado a todos que estão fora do nosso sistema solar – mais próximo de nós. E que entre os dois pontos, em linha reta, sejam 400 metros. O objeto artificial lançado ao espaço pelo homem e que alcançou até agora a maior distância é a Voyager 1, que já viajou algo em torno de 24 bilhões de quilômetros. Se estivesse ela indo direto do ponto A para o B teria percorrido algo que seria equivalente a 2,5 milímetros.

Isso posto, temos que nos dar conta de algumas coisas, com urgência. Por exemplo: só temos essa casa – que aliás não é plana –, de tal forma que ou cuidamos dela ou seremos merecidamente despejados. Outro detalhe: não passamos de criaturas microscópicas e desinteressantes, estando longe de termos sido criados “à imagem e semelhança de Deus”. Não temos sequer como entender a essência dele. E ficamos aqui discutindo diferenças de raça, de credos, comparado posses, criticando os que não são como queremos que sejam. Somos mesmo demasiados ignorantes.

12.11.2023

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O bônus de hoje é duplo. Primeiro temos a música Segundo Sol, de Nando Reis, na voz de Cássia Eller. Depois vem um clipe de Gaya, com a cantora espanhola Belinda, que é radicada no México.