ENYA E A MÚSICA NEW AGE

Acredito que quase ninguém entre as pessoas que lerem essa crônica irá saber quem é Eithne Pádraigín Ní Bhraonáin. Este é o seu nome quando adotado o dialeto irlandês da região do Ulster, uma das quatro províncias tradicionais da Irlanda, local onde nasceu. Seguindo com essa nossa “revisão geográfica”, ela está dividida em nove condados, sendo que atualmente seis deles pertencem à Irlanda do Norte e os outros três à República da Irlanda. O que para nós não tem importância nenhuma, a não ser permitir que se deduza que houve um tempo no qual as coisas por lá tinham tendência de ser um tanto tensas. Ao contrário da música de Eithne, que se trata de melodia serena, repleta de teclados, harpas e flautas, além de fazer uso também de sons da natureza. Ou seja, integra o movimento New Age (Nova Era). Mais do que isso: se trata de uma expoente neste gênero. Assim, com essas dicas todas, talvez agora todos percebam que me refiro à Enya.

A música New Age surgiu ainda nos anos 1960, tendo se desenvolvido dentro do contexto da cultura hippie. Esse grupo de jovens defendia a liberdade, com respeito, muita paz e amor. Coisa de “maconheiro”, diriam adeptos da extrema-direita. Ou uma visão mais próxima das propostas cristãs dos primórdios, diriam seus seguidores, mesmo sem buscar uma proximidade com religião alguma. A música resultante é utilizada por seguidores de diversas correntes espiritualistas. E também por quem pratica meditação, despertando sentimentos de harmonia, valorização da vida e da natureza – seres humanos integrados com plantas, animais e os recursos minerais do planeta.

O nome de Eithne foi depois anglicizado e ela passou a ser chamada de Enya Patricia Brennan, adotando apenas o primeiro, artisticamente. Seus primeiros álbuns foram lançados nos anos 1980. Foi algo tão diferente do que andava sendo feito, que ela alcançou sucesso mundial muito rápido. Sendo multi-instrumentista e possuindo técnica vocal única, chegou a gravar em dez idiomas diferentes e a vender mais de 80 milhões de cópias. Mesmo assim, com toda a fama obtida, prefere levar uma vida discreta e longe dos holofotes. Recolhida durante o recente período da pandemia, aproveitou como poucos este tempo para produzir novas canções, além de gravar videoclipes dos seus sucessos anteriores.

Esse gênero musical, segundo estudos, pode ser utilizado também na prática do yoga e até mesmo como parte do tratamento de pessoas doentes. Seria um desenvolvimento da música ambiental, com ênfase a padrões vibratórios mais sutis. Interessante também é o fato de que ela se mistura com uma enorme frequência a elementos sonoros que são mais característicos de países de língua não-inglesa. Os críticos musicais entendem ainda que a música New Age tem vertentes distintas, há um bom tempo. E apontam a Space Music como uma das que são mais conhecidas. Jean Michel Jarre e Vangelis seriam os dois maiores expoentes desta, que faz uso de sons sintetizados e também de texturas eletrônicas. Agora, muito melhor do que se escrever – ou ler – sobre ela é tirar, vez por outra, um bom tempo para ouvir. Recomendo.

24.08.2023

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O bônus musical de hoje oferece dois grandes sucessos da cantora irlandesa Enya. Primeiro temos Only Time e depois Caribbean Blue.